sexta-feira, 19 de março de 2010

Seminário

Seminário é "plantar ideias", germinar algo; nada mais é do que um grupo de pessoas que se reúne para estudar um tema sob a direção de um professor ou autoridade na matéria, do qual se deve participar ativamente.

Não sei porque é tão sofrido para os alunos, mas acho que eles não têm conhecimento suficiente para se apresentar adequadamente neste tipo de avaliação. O seminário capacita a estudar por si, compreender seus métodos para isto, além de romper barreiras no que diz respeito a falar em público.

Aqui vão algumas dicas:

#1: levantar informações pertinentes. Só o que for realmente necessário deve ser dito; este negócio de encher lingüiça é do tempo da vovozinha. Uma bibliografia básica deve ser levantada e comparada. Não resolve se apropriar (Control+C e Control+V) da primeira informação lida se a mesma não for verdadeira; a verdade deve ser SEMPRE checada.

#2: preparar-se para o dia. A preparação para o dia é essencial. Um trabalho deste nível não é um scrap de orkut ou um bate-papo de MSN. Deve haver programação, encontros, debates, dúvidas a serem tiradas (com o professor) e o planejamento de acordo com o tempo requisitado pelo professor. Dá impressão que, ou o grupo não levou muito a sério, ou não se aprofundou adequadamente para aquilo

#3: apresentar os resultados aos demais membros do grupo. A apresentação deve ser clara, objetiva, bem elaborada. Todos devem saber TUDO sobre o tema. Não é porque o trabalho é em grupo que o trabalho também tem que estar fragmentado. O tema é único e não em partes. O professor não é um ser incapaz de perceber quem estudou ou não o conteúdo, bem como quem elaborou o mesmo. Que importa se Fulano faltou? A parte dele tem que ser apresentada pelo grupo da mesma maneira, do contrário, cortariam a morte e os poemas do autor porque um infeliz passou mal e faltou à aula?

#4: manter a postura. O grupo deve se manter de frente para a turma e não para o professor, já que ele não é o único ouvinte do grupo. A voz deve sair em bom tom e compreensível. Falar para dentro não gera curiosidade de quem ouve e nem respeito de quem assiste, pois se perde a atenção facilmente, visto que não se compreende.

#5: nunca LER o texto. O texto, ou “cola”, deve ser usado para consulta e não como lei. Dá a impressão que sem o papel o indivíduo nem sabe o que está falando (se é que com ele em mão sabe).

#6: usar material de apoio. O próprio nome já diz: APOIO e não EXCLUSIVO. Este é para ser como lembrete e não conteúdo.

#7: não decorar. A impressão que a decoreba causa é que a pessoa nem sabe o que está dizendo, é como um papagaio repetindo palavras: ele não tem capacidade mental para compreendê-las. Deve-se entender o conteúdo e explicá-lo espontaneamente.

#8: usar única e exclusivamente vídeos ou slides. O seminário é uma avaliação oral. Como se avalia algo que não é falado? Como se sabe o que se aprendeu daquele conteúdo se o mesmo nem sequer saiu da boca do grupo?????

#9: reservar tempo para questionamentos. Pode se reservar, ao final, alguns minutos para se dialogar sobre o tema ou questões a ele relacionadas. Isto enriquece a apresentação e comprova o afinco do grupo, já que está aberto para debates.

#10: receber comentários, críticas e sugestões dos companheiros e do professor. O corpo humano foi criado com uma boca e duas orelhas para que ouvíssemos mais do que falássemos. Esta velha frase resume que o apresentador deve estar disposto, após sua apresentação, a ouvir críticas, sugestões e comentários sobre o ocorrido, bem como comentar sobre (direito de resposta).

Baseado em : http://www.faced.ufba.br/~dacn/seminario.htm